Fecho os olhos e a eternidade cai sobre mim. Um cansaço! Temas, discussões, imagens, divergências e fragilidades. Muita luz na escuridão da provisoriedade. Tudo é tão passageiro e relativo. Para que dar importância? Penso. Parece que algo tumultuado se insinua e prepara. E, inadvertida forma, dentro de mim, há paz. Cansada, mas terna. Pacífica, frente às diversificadas lutas e vitalidades febris. Conceder importância ao que é verdadeiro, e, identificar essa pena branca, em meio a tantas tonalidades aproximadas que se apresentam - acinzentada, nude, branco-turvo, claramente azulada – é tarefa nada fácil. Não é um branco nítido. Devo cutucar as camadas em sua busca. E, esse branco, se apresentará um aos olhos mais apressados, outro ao olhar exigente. Assemelhar as diferenças, diversificar as semelhanças. Não se encontrará branco puro. Será sempre turvo em algum lugar para alguma pessoa. Que acha de um branco sujo? Serve?
" Quanto mais de perto se encara uma palavra, com mais distância ela nos encara de volta. " - Karl Kraus
" É necessário mais espírito para prescindir de uma palavra do que para empregá-la. " - Paul Valéry
" As palavras pertencem metade a quem as fala, metade a quem as ouve. " - Montaigne