“A infância é lugar da novidade triste /do pronto querer, da ânsia imaculada /do saber infinito/ onde margens não fazem sentido.” Estes são alguns dos versos de Baltazar Gonçalves no poema delicado e profundo, tocado por uma melancolia que poderia tingir todas as palavras de azul profundo.
A infância ainda é o melhor lugar
de refúgio e descoberta
do encoberto à vista
do familiar desconhecido.
Jazigo esquecido coberto de eras.
A infância é lugar da novidade triste
do pronto querer, da ânsia imaculada
do saber infinito
ondes margens não fazem sentido.
É o lugar da urgência premonitória
lugar da luz difusa onde as heras
se projetam como asas balançando
sobre um muro.
A infância é reduto para o incerto seguro
um caminho de folhas soprado pelo vento.
A infância é o lugar do medo em aberto
e a certeza absurda que um deus morto
depositado na relva velaria nosso sonho.
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