“É por isso que não atravessei o Rubicon.”
A frase dita por Lulu Bergantin, personagem de José Cândido de Carvalho, foi a explicação (que ninguém entendeu) justificando o que ele deixou de fazer.
E lhe veio à lembrança a mesma frase da personagem no momento que ele decidiu também jogar a toalha.
A coisa teve início quando ele “encasquetou” que podia, esquecendo-se da idade e das limitações advindas dela, assobiar e chupar cana, melhor explico: encarar um trabalho de faxina que lhe ofereceram. Armou-se de vassoura, rodo, sabão e outros produtos de limpeza e lá foi arrancando sujeira antiga com as próprias mãos. O diabo é que, na cabeça, fervilhavam idéias de histórias não inventadas com finais felizes ou não.
Lá pelas tantas da tarde, não conseguira dar conta da sujeira, mas o corpo já envergava de cansaço. Encostou o material de limpeza na parede e olhou para trás: ainda havia muito a ser feito.
Chegou em casa mudo, não quis nem saber de tomar banho, já havia limpado bastante.
Desistiu.
Pelo menos, o fato rendeu-lhe assunto para nova história.
Nem sempre atravessar o Rubicon é tão fácil como parece!