Estou bêbado
Bêbado de bebida mesmo
Tudo faz sentido
Nada é de verdade
Varejeirando sábados
Como se tudo fosse acontecer
E no final é tudo igual
A zunir o mais alto que podem
Na tentativa desastrada
De entorpecer todo ar
Se por a não mais se indispor
Sem conseguir raciocinar
E gargalhar bolhas de álcool
Para voltar mais uma vez
A vomitar domingos e segundas.
Julia Moscardini, Mestre em Estudos Literários