São Petersburgo, final da manhã do sábado da primeira semana de Setembro. Aglomeração em frente àquele belíssimo prédio do governo sinalizava que algo inusitado acontecia por ali. E acontecia, mesmo. Transeuntes pararam para atravessar a rua, todavia suas atenções se desviaram para cima da construção. Formou-se na calçada oposta ao prédio pequena multidão que se divertia com a cena incomum. Casal de noivos posava para fotografias, sobre telhado do prédio de três andares. A noiva cumprimentava os olheiros abaixo, alçava a taça de champanhe, brindava a todos que estavam nas calçadas, que aplaudiam. O noivo também se divertia, com a atenção despertada. Imagina-se que o panorama visto do telhado, como cenário das memoráveis fotos, será fantástico. Porém, de se louvar ainda mais, a coragem da noiva de subir até lá com saltos altos, equilibrar-se sobre passarelas estreitas, sorrir para as fotos e ainda carregar buquê de rosas, que só faltou atirar para os espectadores ali embaixo. Manhã fria, de vento frio, aquela. Porém nada que pudesse inibir russos, acostumados a temperaturas bem abaixo de zero. Ou impedir o brinde feliz, quase nas nuvens, de dois felizes jovens.