O corpo da mulher desliza ao longo da calçada, e a alegria inunda a rua. Os olhos dos homens bamboleiam na cadência de seus corações descompassados.
Toda manhã e toda tarde, ela desfila, indiferente, na passarela dos meus sentidos. E eles ficam acesos e emudecidos todo o dia. Todos.
À noite, à lembrança de seus passos sinuosos, acorda a caneta. Então, por largas laudas escorre a voz de todos os tímidos da rua por onde passeia o corpo da mulher cujo nome é Promessa.