Se você é homem, casado ou divide o banheiro com uma mulher com certeza já passou por isso.
Chuveiro ligado e você procura no suporte ao lado da torneira do chuveiro um xampu. Pouco importa se é pra cabelos oleosos, secos, tingidos, quebradiços, armados, finos ou qualquer outra tragédia que ataque impiedosamente as madeixas femininas, você só quer um shampoo que faça bastante espuma e que lave seu cabelo, só isso.
E é aí que começa o drama. Entre tantas embalagens de formas e cores diversas você não consegue encontrar gravado nelas a palavra mágica – XAMPU.
É fato que sua vista já não é a mesma, mas como ninguém em sã consciência entra no banho usando óculos, você pena pra achar essa palavra mágica dentre tantas informações.
“ Antiqueda”, “ com flower dream “, “ aroma silvestre “, “ com fixador plus”, “ fortalecedor de raízes” ; enfim, uma série de informações mas nenhuma que resolva seu dilema: essa porcaria é xampu ou condicionador ?
O chuveiro ligado, você molhado e, em nome da economia de água e energia, opta por um qualquer e arrisca. Se fizer espuma é shampoo; se não, condicionador. Penso seriamente em pedir aos fabricantes que após a marca, destaquem como informação mais importante o que o produto é - se xampu, condicionador, sabonete íntimo ou qualquer coisa que possa freqüentar meu banheiro.
Mas a “miopia” advinda da idade rompe as fronteiras do chuveiro e ganha outros locais e freqüentemente a gente fica em dúvida sobre o que realmente estamos vendo.
Pra quem já passou dos cinquenta e às vezes testemunha com a vista “embaçada “ situações, atitudes e pessoas da atualidade, fica sempre a dúvida:
- É xampu ou condicionador?