A primavera abre os olhos.
Um turbilhão de milagres canta dentro e ao redor deles, e ela não sabe represar a emoção. Deixa que eles transbordem de nuvens diluídas e chora.
Chora verde sobre a relva. Chora perfume sobre as roseiras.Chora luz no céu e nos homens.
Também emocionado, subo trilhas e caminhos lavados. Chego à encruzilhada de serra e horizonte e colho três arco-íris.
Aconchegados ao peito, eu os trago envolvidos em trajes de ternura.
Deposito-os aos pés da vida.