Amo-te pelo que tu és
E não pela tua capacidade de mudança.
Amo-te pelos teus pés descalços
E não pelos teus pés calçados.
Amo-te pelo que és hoje
E não pelo que foi ou serás amanhã.
Amo-te por ser humanamente errante
E demasiadamente petulante na arte de me perdoar.
Amo-te pela beleza bucólica das flores,
Pelo cantar sincero dos pássaros,
Pela brisa chã que te leva
E te traz a cada aurora da manhã.
Amo-te por não querer te amar demais,
Pela angústia que um dia carreguei no peito,
Por não querer ser deixada para trás.
Amo-te pela insegurança que me persegue,
Pelo vazio que se acomoda
Quando falas que vais embora.
Amo-te sem mais nem menos,
Sem qual, nem o porquê.
Amo-te assim simplesmente,
Simplesmente assim.