Dizem que sou sujo,
Rotulam-me de imundo.
Nem parece que sabem
Que da cidade eu tiro a sujidade.
E se eu disser que sou limpo,
Mas fico sujismundo de tanto resolver
O problema de todo mundo?
Podem rir que eu tô de boa.
Nesta vida de plebeia ou patroa
Ninguém é imune à sujeira que entra pela boca,
Goela abaixo feito mosca.
E querem saber?
O que importa mesmo
É ter meus óculos inteiros.
Porque a verdade brilha
E vence na vida aquele que enxerga melhor a partida
E não aquele que passa por cima.
Assinado: saco de lixo