Nos tempos áureos, o clube bombava e chegou a receber 30 mil visitantes por mês. Todo mundo gostaria de ser sócio. Hoje, o Águas do Vale, localizado entre Sacramento (MG) e Rifaina (SP), é a imagem do abandono.
Fechado há mais de um ano e sem sinais de que um dia reabrirá suas portas, o parque aquático se deteriora com a ação do tempo. O que sobrou dos brinquedos está quebrado, as piscinas se transformaram em reservatório de água suja e propício criadouro do mosquito da dengue. O mato toma conta do piso, num claro sinal de que há tempos o local não recebe o mínimo de manutenção. “A situação é revoltante, principalmente, para quem tem o título antigo. A empresa veio, pegou mais dinheiro do povo e deixou tudo abandonado. Ficamos revoltados, pois o clube era um espaço de lazer e cultura para nós nos finais de semana e feriado”, lamentou o autônomo Daniel David Machado.
Em 2015, a cobrança de uma taxa de reativação do parque, no valor de R$ 1,5 mil, irritou os sócios remidos, que são aqueles que já haviam quitado o título e são desobrigados a pagar mensalidades. O valor, que foi cobrado para que pudessem voltar a utilizar o clube que havia sido reativado após período com as portas fechadas, gerou ações na Justiça.
Em março do ano passado, o Águas do Vale fechou suas portas novamente. Entrevistado pelo Comércio na oportunidade, o empresário Luciano Leite disse que havia assumido a gestão dias antes e que o clube passaria por manutenção. “Contratamos segurança 24 horas e estamos fazendo uma limpeza geral e reformando as piscinas. Vamos contratar funcionários e pretendemos terceirizar os serviços de restaurante. Pretendo reabrir o clube até o dia 20 (de abril de 2017). Os sócios não serão lesados”, afirmou.
Vinte meses se passaram e a promessa de reabrir o clube não foi cumprida. O abandono é total. O empresário não foi encontrado hoje para comentar a situação de penúria do clube. Por conta do feriado prolongado, também não foi possível contato com a Prefeitura de Sacramento para saber sobre eventuais providências administrativas e de prevenção por conta do acúmulo de água suja nas piscinas.
Nos tempos áureos, o clube bombava e chegou a receber 30 mil visitantes por mês. Todo mundo gostaria de ser sócio. Hoje, o Águas do Vale, localizado entre Sacramento (MG) e Rifaina (SP), é a imagem do abandono.